Reunião
de Câmara de 21 de Janeiro de 2015
Bom Ano Novo 2015
Sr.
Presidente, Sra. Vereadora e Srs. Vereadores, começo esta minha primeira reunião
de 2015 como acabei em 2014, desejando um Bom Ano de 2015 a todas e todos os munícipes do
nosso concelho, assim como a todas e todos os trabalhadores do município, como
ao Sr. Presidente, Sra. Vereadora e Srs. Vereadores. Este desejo é acompanhado
com a esperança de um ano de 2015 com menos sacrifícios e com maior justiça
social.
Esperar que
este ano de 2015 seja mais fértil no que diz respeito ao desenvolvimento do
nosso concelho, é o nosso desejo. Que seja uma gestão nutrida de um
desenvolvimento sustentável, assente não em politicas eleitorais, mas sim em
politicas sustentáveis e prioritárias ao nosso concelho. Que se respeite a
democracia e as regras basilares previstas na lei, que se alimente uma relação
produtiva com a oposição, não olhando aos objectivos eleitorais, mas sim aos
interesses do nosso concelho.
E neste
sentido não podemos de deixar de relembrar algumas das propostas apresentadas
em 2014 e que gostaríamos de ver atentas no corrente ano, que agora inicia.
Estamos a
falar preocupações sobre o apoio à nossa juventude como o incentivo à fixação
de jovens no nosso concelho através de redução das taxas na construção de
habitação própria ou reabilitação de imóveis, a criação do Gabinete Municipal
de Juventude, a abertura das bibliotecas municipais ou sábado e a realização de
um projecto e candidatura ao QREN para a construção de piscinas municipais
descobertas.
Na área
social, neste tempo que é manifestamente difícil para as famílias, é crucial
reforçar o apoio social, psicológico e pedagógico no acompanhamento das mesmas. Nesse
sentido continuamos a propor a criação de um regulamento de apoio aos
medicamentos, a abertura das cantinas escolares nas férias, de forma a garantir
que as nossas crianças tenham uma refeição quente durante todo o ano e a
reposição da prioridade na habitação social (bairro da terceira idade) à
população mais idosa do nosso concelho.
A
implementação da gala do desporto e associativismo, assinalar o dia dos
Migrantes, recuperação dos fornos de tijolo do Montoia e reanimação da cultura Avieira
através de actividades regulares em parceria com as nossas escolas e retomar a
geminação celebrada com Vieira de Leiria, esperamos que sejam uma realidade.
Assinalar
o Dia Internacional da Mulher promovendo a igualdade de género, assim como no combate
à violência doméstica com campanhas e iniciativas próprias. Assinalar o dia da
mobilidade com iniciativas que visem levar os cidadãos e as autoridades a
reflectir sobre como pode ser melhorada a qualidade de vida através da
requalificação do espaço público. Implementar soluções alternativas para
combater a sinistralidade rodoviária com medidas de acalmia de tráfego, a qual,
já apresentámos diversas propostas. Aproveitar as intervenções de asfaltamento
para introduzir vias cicláveis e pedonais.
A criação do Conselho
Municipal de Agricultura, decorrente da importância da agricultura no nosso
concelho, no país e na União Europeia. Admitir igualmente a criação de espaços
disponíveis aos munícipes para desenvolver agricultura biológica. A adopção de
boas práticas agrícolas, com especial relevância para as práticas culturais
biológicas, bem como um meio de apoio à subsistência alimentar das famílias.
No apoio
ao empreendorismo e pelo fortalecimento do tecido
empresarial, apostar na criação de um Centro Empresarial e Tecnológico na
freguesia de Foros de Salvaterra, junto ao nó da A13, com destaque para um Pólo
Tecnológico de Desenvolvimento Agrícola, que permita a atração de novas
empresas e a criação de novos postos de trabalho, numa parceria com entidades
públicas e privadas.
Destacamos
estas iniciativas, mas muitas mais podíamos inscrever nestes desejos para 2015,
ambicionando para bem do nosso concelho, que este ano agora iniciado, seja realmente
produtivo, com a participação de todas e todos, sem excepção.
Charlie
Hebdo
Faço minhas a palavras de muitos...
O massacre da Charlie Hebdo, o
posterior assassinato de dois polícias e a matança no supermercado kosher Hyper
Cachet comoveram o mundo. Jovens fanáticos com armas automáticas desencadearam uma
torrente de violência e morte, alimentada por uma fervorosa intolerância. Na
redacção da revista satírica Charlie Hebdo em Paris, doze pessoas foram
assassinadas e onze ficaram feridas. A única culpa que as vítimas podiam ter
era a de expressar as suas ideias.
Depois do massacre, pessoas de todo
mundo expressaram a sua solidariedade com as vítimas e com o povo de França.
Entre os líderes mundiais que foram a Paris condenar os ataques encontravam-se
alguns dos maiores responsáveis pela repressão contra jornalistas do mundo, em
particular de jornalistas árabes e muçulmanos.
Em Paris, o horror derramou-se sobre a vida - o maior
bem - e sobre a liberdade de imprensa, esse valor fundamental qualificado, na
sua dupla dimensão de exercício do direito fundamental de expressão de
pensamento e de garantia objectiva das estruturas da Democracia. Porque a
liberdade de imprensa é condição para a liberdade de todos, para o uso público
da razão, para a liberdade de ser, de agir, de estar e intervir no mundo.
Em Paris, os valores universais foram atingidos, mas
não vencidos! Não há morte para a Razão. A Razão que é a matriz desses valores,
que dá a dignidade igual e os direitos e é comum e transversal a todos.
E o terror não pode nunca ser percebido como próprio
de grupos étnicos ou religiosos, de grupos culturais, de nações ou regiões. O
terror é o crime a que não ligaremos nunca a ideia de um mundo dividido ou da
pretensa existência de um conflito de culturas. O terror é o absurdo que a
todos nos atinge e que juntos combatemos.
A violência do terrorismo investiu desta vez contra os
nossos jornais, esses lugares onde a liberdade se exerce e a democracia
palpita. Eles que são a síntese do nosso modo livre de viver e conviver.
É com os nossos princípios que nos defenderemos. Sem
conceder. Sem qualquer tentação de os alterar, de os revogar, de os suspender
no todo ou em parte. O horror nunca nos trará a vertigem de desdizer os nossos
códigos. É com eles que combatemos.
Paris é agora o lugar que todos habitamos. O lugar
onde se gera um novo ímpeto, um ímpeto de vontade para uma luta abnegada e
quotidiana pela dignidade e os direitos, a liberdade e a democracia.
Gostaríamos de expressar a nossa
profunda consternação e o profundo pesar pelos acontecimentos de Paris, e
exprimir a solidariedade para com os familiares das vítimas, os trabalhadores
do Charlie Hebdo e todos os jornalistas.
Vereador Francisco Naia a tempo inteiro
Considerando
que não pude estar presente na anterior reunião de câmara, venho nesta minha
primeira oportunidade desejar ao Sr. Vereador Francisco Naia os melhores
sucessos, agora a tempo inteiro.
Não
podemos deixar de constatar que a previsão, à cerca de 3 meses atrás, adiantada
pelo Bloco de Esquerda na qual esta medida estava planeada pelo Sr. Presidente para
o inicio de 2015, constatou-se.
Estamos
certos que esta decisão à maioria diz respeito, nomeadamente ao Sr. Presidente
conforme previsto em lei, e a ele cabe decidir sobre a forma como gere os
recursos humanos do nosso município, daí a nossa abstenção.
Mas
não podemos deixar de manifestar estranheza para o facto de estarmos a
atravessar um período de grandes dificuldades, de termos um enorme défice de
trabalhadores. A medida que a maioria Socialista toma é aumentar o numero de
autarcas eleitos a tempo inteiro, com o convite ao vereador do PSD para exercer
essas funções. Só se justifica, no nosso entender, pela total falta de
capacidade da maioria socialista em responder aos seus próprios desafios,
conforme fomos denunciando ao longo de 2014. Para além da incapacidade de
responderem ao empreendedorismo e apoio às empresas, temos sérias dúvidas para
a necessidade de um município com a nossa dimensão necessitar de um quarto
elemento a tempo inteiro para a sua gestão.
Mas
Sr. Presidente e Sr. Vereador para além do assumir da incompetência do PS para gerir
esta temática, para além de procurar apoio à direita, achamos que em nome da
transparência e da democracia deviam divulgar publicamente os termos do acordo
político entre o PS e o PSD, é o mínimo que se exige, e que todos esperamos à
cerca de três meses.
Um ano depois...a
cumprir o compromisso eleitoral
Tivemos recentemente conhecimento de um balanço do Sr. Presidente,
ou do Partido Socialista, quem sabe de ambos, intitulado Um ano depois...a cumprir o compromisso eleitoral. Reservamos uma
leitura atenta e cuidadosa sobre o respectivo documento para mais tarde. Mas
Sr. Presidente pela leitura rápida feita manifestamos uma profunda reserva e perplexidade
sobre afirmações transcritas neste panfleto de propaganda. Transformar medidas
que se desenvolvem à diversos anos como medidas desta gestão, falar em reforço
de apoios, quando seguem exactamente as orientações anteriores da gestão do
Bloco de Esquerda, em alguns casos até baixam, falar em incentivos quando eles
não são mais que uma continuidade e alguns casos até reduções é profundamente
lamentável.
Esperávamos alguma ética e acima de tudo verdade sobre a
realidade da gestão do nosso município, certamente com elogios merecedores à
vossa gestão, mas Sr. Presidente, na politica não vale tudo e este documento é
uma desonra.
Protocolo de cooperação climatérica
Um total de 26 autarquias perfez o número de entidades
até ao momento que adaptaram uma estratégia municipal de adaptação às
alterações climáticas. O projeto ClimAdaPT.Local envolveu um financiamento de
cerca de 1,5 milhões de euros.
Este ato permitirá que os municípios tenham a partir
de Abril do próximo ano um plano relacionado com este tipo de matéria. As
principais áreas indicadas no projecto foram a protecção ambiental, mudanças no
clima, a investigação, a sociedade e tudo o que a compõe, nas quais a saúde, as
crianças, a igualdade de género, a justiça e a cultura.
Esta estratégia, integrada no Programa
AdaPT, e que beneficiou de um apoio de 1.275.000 euros da Islândia,
Liechtenstein e Noruega, espalhou-se por um elevado número de zonas de Portugal. Os beneficiários foram
Viana do Castelo, Montalegre, Bragança, Braga, Guimarães, Amarante, Porto, S.
J. Pesqueira, Ílhavo, Tondela, Seia, Figueira da Foz, Leiria, Tomar, Castelo
Branco, Castelo de Vide, Torres Vedras, Coruche, Sintra, Cascais, Lisboa,
Almada, Évora, Ferreira do Alentejo, Odemira e Loulé. Das regiões autónomas, o
Funchal (Madeira) e Vila Franca do Campo (S. Miguel, Açores).
Os pioneiros nesta matéria foram Almada,
Cascais e Sintra.
E o nosso concelho, Sr. Presidente e Sr.
Vereador Francisco Naia, vai aderir à estratégia municipal de adaptação às alterações
climáticas? Tem alguma estratégia sobre esta temática?
Cuidados de
saúde no concelho de Salvaterra
Todos temos assistido às dificuldades que a população
Portuguesa tem tido no acesso aos cuidados de saúde. Sr. Presidente gostaríamos
de saber se a maioria tem acompanhado a prestação de cuidados de saúde no nosso
concelho no que à grande afluência das ultimas semanas diz respeito.
Gostaríamos de saber se os nossos munícipes tem tido
respostas em função das suas necessidades? Ouve alargamento no horário de
atendimento nas diversas extensões dos centros de saúde? Qual a previsão de
manutenção dos médicos no nosso concelho? Estão a chegar ao fim dos seus
contratos? Qual o ponto de situação do processo de renovação dos seus
contratos?
Vereador Luís Gomes
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