Sobre
a constituição do Grupo Hospitalar do Ribatejo
O governo
anunciou a intenção de juntar num único grupo o Centro Hospitalar do Médio Tejo
e o Hospital Distrital de Santarém. A justificação governamental para a criação
do chamado “Grupo Hospitalar do Ribatejo” é a de que esta fusão criará “sinergias”,
aumentará a ”escala” das aquisiçõese tornará possível a “partilha de pessoal”.
Nos motivos apresentados
para constituição do tal Grupo Hospitalar, em caso algum aparece a necessidade
de aumentar a acessibilidade dos doentes aos serviços, de preservar uma escala
humana nos tratamentos ou um incrementar a qualidade da assistência hospitalar.
No momento em
que se degrada a qualidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ---basta ver os
doentes frequentemente amontoados nas urgências do distrito --- é criminosa a
insistência deste governo em mais centralizações e mais cortes.
Daí só
poderão resultar mais dificuldades no acesso dos doentes às especialidades e à
assistência hospitalar, a degradação dos serviços e uma maior desumanidade no
acolhimento.
A degradação
do SNS, sistematicamente promovida pelo atual governo, abre caminho ao negócio
dos grupos privados na área da saúde. Cada vez mais, só acederá aos cuidados de
saúde quem tem poder de compra, segundo a “leis do mercado” que este governo
tanto reverencia.
O Bloco de
Esquerda é contra esta fusão dos 4 hospitais distritais numa única unidade. Os
resultados da anterior fusão dos 3 hospitais do norte do distrito permitem
antever o que, de negativo, poderá trazer às populações nova centralização.
O Bloco de
Esquerda não confia em quaisquer “estudos” encomendados pelo Ministério da
Saúde, para fundamentar decisões políticas que prejudicam as populações.
A
constituição do Grupo Hospitalar do Ribatejo tem de parar. É por esse objetivo
que se baterá o Bloco de Esquerda.
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