Reunião de câmara extraordinária em 30-10-2015
ORÇAMENTO
ACTIVIDADES MAIS RELEVANTES
E PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS PARA 2016
O debate
do orçamento do município de Salvaterra de Magos, no que respeita ao cabimento
das actividades mais relevantes e ao plano plurianual de investimentos para
2016, coincidem com um processo longo e difícil de crise intensa, com
consequências trágicas para as populações e territórios e no qual o nosso concelho e as
nossas gentes não estão imunes.
As políticas de austeridade da coligação governamental PSD/CDS,
representaram nos últimos anos uma descida dos rendimentos salariais dos
trabalhadores, no aumento de impostos para as famílias e para as pequenas
empresas e nos cortes radicais nas prestações sociais e noutras áreas do Estado
social, nomeadamente na Educação e na Saúde.
Esta
receita de juntar austeridade a mais austeridade, tem infelizmente avivado o
desemprego e mais dificuldades. A austeridade continua a empobrecer o país,
enquanto cresce a dívida que era suposta estar a ser paga.
Com
este quadro de dificuldades, os municípios têm responsabilidades acrescidas. Perante
uma grave crise económica que afecta os portugueses e à qual a população do
concelho de Salvaterra não está livre. Esta grave crise económica é transversal
a toda a sociedade, no entanto, são as famílias mais carenciadas, as maiores
vítimas do desgoverno.
Dizemo-lo
no passado recente e repetimos, para o Bloco de Esquerda este desafio tem que
ser superado. Promover o desenvolvimento do nosso concelho, dando respostas
claras e decisivas no apoio aos nossos munícipes em particular aos mais
carenciados e jovens é o desafio de todos nós.
Lamentamos que a maioria
socialista, nesta conjuntura difícil, continue a recusar as propostas do Bloco
de Esquerda de redução na taxa de IMI e uma maior devolução de IRS
aos contribuintes e assim reduzir o esforço fiscal dos nossos munícipes.
Considerando que a política de
austeridade deste Governo, a par da diminuição de prestações sociais, salários,
reformas e aumento de taxas, tarifas e impostos sobre o rendimento e sobre o
consumo, tem conduzido a uma deterioração do poder de compra da população em
geral, os vereadores do Bloco de Esquerda propuseram uma redução da
taxa de IRS retida pela CM, fixando-a em 3% no ano de 2016, assim
como contribuir para o alívio da carga fiscal do IMI, devendo este
tender progressivamente para a taxa mínima.
A proposta apresentada novamente pelo
Bloco de Esquerda visava fixar a taxa de IMI para os prédios urbanos em
0,325% para 2016 e em 0,3% para 2017.
A maioria PS na CM continua a recusar
baixar a carga fiscal para os munícipes de Salvaterra de Magos, mantendo o IMI
em 0,35 e o IRS em 4%. Com a reavaliação dos imóveis e o aumento do IRS, a
manutenção destas taxas levou ao crescimento da colecta fiscal pela Câmara e ao
agravamento do esforço fiscal dos munícipes. A proposta do Bloco não levaria à
perda de receitas do município relativamente aos anos anteriores, mas tão só à
estabilização tendencial da curva de crescimento dessa colecta e a um alívio nos
orçamentos familiares dos nossos munícipes.
Esta
medida proposta pelo Bloco ainda mais se justificava tendo em conta que o Município
de Salvaterra de Magos apresenta uma invejável saúde financeira, herdada pela
gestão rigorosa e criteriosa do Bloco de Esquerda. Estavam assim reunidas, no nosso
entender, todas as condições para aliviar a carga fiscal dos nossos munícipes.
Lamentamos a total insensibilidade social desta maioria socialista face às
dificuldades dos nossos munícipes.
Ao aumento
da receita do IMI, acrescenta-se um aumento das transferências do Orçamento de
Estado para o nosso concelho no ano de 2015 de 5,78%, equivalente a €293.247
euros, mantendo-se nos mesmos valores em 2016.
A coerência
do Bloco de Esquerda é a mesma hoje na oposição como foi quando tivemos a
responsabilidade de gerir o município. Estamos convictos que estamos perante
uma considerável e importante inflexão dos sucessivos cortes nas transferências
para o Município, estando o orçamento para 2016 em melhores condições de
resposta aos desafios que temos pela frente, na continuidade da recuperação
orçamental de 2015. O exemplo são as transferências do orçamento de estado, que
desde 2012 tem conhecido um aumento gradual das mesmas, situando-se hoje em
valores de 5.344.296€, quando por exemplo em 2014 situava-se nos 5.052.049€.
Também sabemos
que continuamos a ser tratados pelo governo, da mesma forma como são tratados
os municípios incumpridores e maus pagadores, situação que encaramos de total
injustiça.
Sabemos
também, que deixámos uma Câmara estável e equilibrada financeiramente, estando qualificada
entre as melhores câmaras do país, estando preparada para os desafios e
dificuldades que nos assombraram.
Como se
comprova, este mandato socialista, não foi muito mais que a concretização de alguns
projectos aprovados e pagos pelo mandato do Bloco de Esquerda e a gestão
corrente do nosso território.
Antes de
passarmos às Grandes Opções do Plano para 2016 apresentadas pela maioria
socialista, não podemos de assinalar um conjunto de sinais que muito nos dizem
sobre as condições difíceis de resposta da maioria às dificuldades do município.
É patente a dificuldade do presidente em dialogar e
fazer equipas que queiram consigo trabalhar, demonstrando mais uma vez a sua
falta de capacidade de liderança democrática e agregadora de vontades que lutem
pelo Concelho.
A relação difícil desde a primeira hora com a oposição
foi o toque pessoal do Sr. Presidente e que desde sempre fomentou. Ao fim de um
ano de mandato dá pelouro ao vereador eleito pela coligação PSD/CDS depois de
durante um ano de mandato o ter denegrido politica e pessoalmente.
Uma relação difícil com as colectividades e
associações do nosso concelho é uma constante. Tendo tido o seu apogeu, o Grupo
Desportivo de Marinhais e Grupo Desportivo Forense, levando inclusive a
rupturas institucionais com as suas direcções.
São conhecidas e assumidas as dificuldades de
relacionamento com diversos presidentes de Junta de Freguesia. Assumidos são os
cortes no diálogo com o Presidente da União de Freguesias de Glória do Ribatejo
e Granho e da Freguesia de Muge.
As relações entre o Presidente de Câmara e o ex.
vice-presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, João Oliveira, são conhecidas
e já fizeram correr muita tinta. Confirmando-se a degradação permanente das
relações no seio da maioria do Partido Socialista que dirige o Executivo.
Com a saída de João Oliveira do Executivo, o
Presidente de Câmara centralizou em si mais esses pelouros, reforçando os seus
poderes pessoais numa Câmara cada vez mais autocrática.
Desde muito cedo que o autoritarismo do presidente da
Câmara ficou perceptível, não só pela forma como se relaciona com as oposições,
mas também como exerce o seu mandato em geral.
Porém, a instabilidade estava na própria maioria e nem
a aliança do PS com o PSD/CDS, que envergonha a esquerda, conseguiu esconder
essas contradições internas. Em vez de procurar um clima de diálogo entre as
várias forças representadas na Câmara e no seio da própria maioria, o
Presidente, com a cobertura do PS, optou por mais autoritarismo e menos
democracia.
Basta recordar que apesar de ter sido aprovado por
unanimidade o horário das 35 horas para o pessoal do município, o presidente
teimou em não o aplicar, prolongando no tempo essa injustiça. Ou a discussão e
aprovação de documentos importantes para o município. Estamos hoje a discutir e
aprovar este documento na data limite para o fazer, que incoerência Sr.
Presidente, considerando o dito na oposição.
Quem sai prejudicado com esta instabilidade permanente
e crescente é o concelho e as populações, que em vez de poderem contar com um
Executivo que faça obra, assistem à desagregação de uma maioria dilacerada e
sem rumo.
O Bloco continuará o seu trabalho, ligado às
populações, apresentando propostas e lutando por elas, pois o Concelho está
sempre em primeiro lugar.
Quanto às
Grandes Opções do Plano para 2016, gostaríamos de assinalar o excelente
trabalho levado a cabo pelos funcionários do município, demonstrando a sua
capacidade de trabalho e técnica.
O documento
orçamental que nos foi apresentado é uma clara estratégia a pensar unicamente
nas eleições autárquicas de 2017. Obras previstas neste documento com conclusão
em véspera eleitoral são diversas. Alguns exemplos, diversas pavimentações e
repavimentações, os arranjos no espaço Jackson na Glória do Ribatejo, a
construção do relvado sintético em Foros de Salvaterra e Salvaterra de Magos,
inauguração do mercado da cultura, criação do museu do concelho no cais da vala
em Salvaterra de Magos ou a adaptação da escola do Escaroupim em Museu, são
alguns dos muitos exemplos possíveis.
Mas, claro,
tem que se pensar a prazo. Agora é esta a justificação! Mas não nos esquecemos
do que diziam quando estavam na oposição.
Bem sabemos
que estas e outras obras estão incluídas na possibilidade de haver candidaturas
a financiamento dos Fundos Comunitários. Mas no que se refere a esse quadro de
candidaturas, falta estratégia, apresenta-nos um conjunto de intenções com seis
propostas avulso.
Na área da
educação, a requalificação do jardim-de-infância e escola do 1º ciclo do
Granho, incluindo projecto, continuam sumidos, ou a requalificação do jardim-de-infância
da Glória. A escola do 1º ciclo da Glória tem 2500 euros definidos para 2016,
muito pequena, a ambição e aposta na educação para a Glória do Ribatejo.
Afirmámos no
debate do orçamento de 2015 que o Centro Escolar de Foros de Salvaterra era um
projecto abandonado pelo Partido Socialista. Sr. Presidente, o município vai
gastar perto de 100.000€ num estudo que já existia, desistindo do crescimento e
afirmação da freguesia dos Foros de Salvaterra com um projecto ambicioso da
gestão bloquista. Que fique claro, já tiveram a possibilidade de apresentar uma
candidatura em Março do ano transacto e não o fizeram. Este projecto é um
desperdício de dinheiro, gostaríamos de não ter razão para o bem das gentes dos
Foros.
Para actualização
da Carta Educativa estão definidos 500 euros. 500 euros Sr. Presidente?
Sr. Presidente,
Srs. Vereadores no nosso entender, as nossas crianças e jovens merecem muitos
mais que um conjunto de intenções.
Registamos
com agrado que se pretende dar continuidade aos apoios sociais herdados pelos
mandatos do Bloco de Esquerda. É assim com a Universidade Sénior, com o Banco
de Voluntariado, com o Cartão Magos Sénior, com o contrato da teleassistência
firmado com a Cruz Vermelha Portuguesa destinado à população em situação de
isolamento, com a Feira do Livro, a manutenção dos transportes escolares e das 30
bolsas de estudo para os jovens que frequentam o ensino superior, o OTL, loja
social, comissão de protecção de jovens e crianças, etc.
No entanto,
perguntamos, €10.000 euros para a assessoria técnica para o plano de acção de
2016 no programa rede social?
Sr.
Presidente aprovámos neste órgão, por unanimidade, uma moção apresentada pelo
Bloco de Esquerda, que deliberou apoiar a acção humanitária da
agência da ONU para os refugiados e as medidas em curso na União Europeia e
apelando ao município de Salvaterra de Magos que se disponha a acolher pedidos
de asilo, exprimindo assim o espírito generoso e solidário da população que
representa. Será que existe uma real vontade em cumprir esta deliberação? Não
está previsto qualquer rubrica sobre esta medida aprovada em reunião de câmara.
Para a
maioria socialista a realidade social não se alterou, ao ponto de nada
acrescentar aos projectos que herdaram da gestão do Bloco de Esquerda?
No que se
refere à juventude, grande aposta socialista nas eleições, continuamos com uma
mão cheia de nada. Já não chega o governo PSD/CDS ter convidado os nossos
jovens a emigrar, temos em Salvaterra de Magos o Partido Socialista a abandonar
por completo a juventude.
Registamos
no entanto com muito agrado a perspectiva de realização do projecto adiantado
pela gestão do Bloco de Esquerda na requalificação urbanística da Aldeia
Avieira do Escaroupim. Mas, Sr. Presidente, lamentamos mais uma vez que se tenha
abandonado todo o trabalho de divulgação e projecção da cultura Avieira junto e
com as nossas escolas, assim como a geminação com Vieira de Leiria. Onde está a
aposta no turismo?
Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, este orçamento alimenta novamente a estratégia das
festas, romarias e condecorações ao qual se junta a novidade da preparação
eleitoral de 2017. As lacunas são diversas, destacamos duas áreas: juventude e
acção social.
Para o Bloco
de Esquerda a juventude é um dos pilares fundamentais de garante do nosso
futuro, não compreendemos o permanente abandono dos jovens, por parte da
maioria socialista. Neste sentido propomos a inscrição em orçamento das
seguintes propostas: Incentivo à fixação de jovens no nosso concelho através de
redução das taxas na construção de habitação própria ou reabilitação de imóveis;
criação do Gabinete Municipal de Juventude e associativismo; abertura das
bibliotecas municipais ou sábado e realização de projecto e candidatura ao QREN
para a construção de piscinas municipais descobertas.
Na área social:
estamos em tempos que são manifestamente muito difíceis para as
famílias, é crucial reforçar o apoio social, psicológico e pedagógico no
acompanhamento dessas famílias. Neste sentido propomos, a criação do
regulamento de apoio aos medicamentos, esta comparticipação tem como objectivo
apoiar a aquisição de medicamentos com receita médica, na parte não
comparticipada, a cidadãos residentes no Concelho de Salvaterra de Magos, com
idade igual ou superior a 65 anos, nas condições definidas em regulamento;
abertura das cantinas escolares nas respectivas férias, de forma a garantir que
as nossas crianças tenham uma refeição quente durante todo o ano e a reposição
da prioridade na habitação social (bairro da terceira idade) à população mais
idosa do nosso concelho, assim como projectar a construção de novos fogos de
habitação social.
Sr.
Presidente, o voto favorável do Bloco de Esquerda depende da vontade politica
da maioria em querer dar um sinal e incluir algumas destas propostas.
Para
o Bloco de Esquerda destacamos estes dois pilares, mas se tivéssemos a
responsabilidade da gestão do município, como tivemos durante 12 anos, dávamos
prioridade e contemplávamos neste plano e orçamento, rubricas que garantissem:
assinalar dignamente o Dia Internacional da Mulher promovendo a igualdade de
género, assim como no combate à violência doméstica com campanhas e iniciativas
próprias. Assinalar o dia da mobilidade com iniciativas que visem levar os
cidadãos e as autoridades a reflectir sobre como pode ser melhorada a qualidade
de vida através da requalificação do espaço público. Implementar soluções
alternativas para combater a sinistralidade rodoviária no nosso concelho com
medidas de acalmia de tráfego, a qual, já apresentámos diversas propostas.
Aproveitar as intervenções de asfaltamento para introduzir vias cicláveis e
pedonais.
Na agricultura, a
criação do Conselho Municipal de Agricultura, decorrente da importância da
agricultura no nosso concelho, no país e na União Europeia. Um Conselho
Municipal de Agricultura com representantes de entidades agrícolas e
florestais, autarcas locais, agricultores e técnicos de várias áreas de
actuação agrícola, pode ser um pólo importante na dinamização desta actividade
económica e na coordenação da política agrícola no território concelhio. A
criação de espaços disponíveis aos munícipes para desenvolver agricultura
biológica. A adopção de boas práticas agrícolas, com especial relevância para
as práticas culturais biológicas, bem como um meio de apoio à subsistência
alimentar das famílias, são duas das ideias fundamentais desta proposta.
A aposta no desenvolvimento económico e dinamização do comércio local
como forma de combate ao desemprego devia de ser um objectivo prioritário deste
executivo e não um conjunto de medidas inconsequentes.
O fortalecimento do
tecido empresarial, das actividades de inovação e do desenvolvimento económico
em geral, encontram-se no topo das nossas prioridades. Privilegiar o combate ao
desemprego, munindo o Concelho de infraestruturas empresariais e tecnológicas,
como aposta no presente e no futuro, são metas a alcançar. Mas, Sr. Presidente,
para este projecto é necessário ter uma estratégia, estratégia essa que o
Partido Socialista não tem, digo mais, nunca teve, a não ser retomar os
projectos concretizados pelo Bloco de Esquerda, como é o caso da Falcoaria do
Palácio Real. Valha-nos isso!
Na
área cultural, a implementação da gala do desporto e associativismo; dia dos
Migrantes; recuperação dos fornos de tijolo do Montoia e reanimação da cultura
Avieira através de actividades regulares em parceria com as nossas escolas e
retomar a geminação celebrada com Vieira de Leiria, estariam presentes nas
nossas prioridades.
Investir na criação
de um Centro Empresarial e Tecnológico na freguesia de Foros de Salvaterra,
junto ao nó da A13, com destaque para um Pólo Tecnológico de Desenvolvimento
Agrícola, que permite a atração de novas empresas e a criação de novos postos
de trabalho, numa parceria com entidades públicas e privadas.
Infraestruturação do
terreno adquirido pela Câmara Municipal na freguesia de Muge para a instalação
de novas empresas e criação de emprego.
Realização
anual de uma feira agrícola e de produtos da terra, de forma a dinamizar uma
atividade estruturante, a agricultura, bem como, promover o concelho de
Salvaterra de Magos.
Apoio às empresas no desenvolvimento de projectos para acesso
aos fundos comunitários do novo quadro comunitário 2014-2020 de forma a atrair
investimento e dinamizar a economia local e regional.
O turismo, o lazer, o
património cultural e histórico deverão continuar a ser vertentes estratégicas
do desenvolvimento baseado nos recursos concelhios, fortemente marcados pela
identidade histórica, cultural e paisagística.
Continuar a caracterizar
e apostar na diferenciação do nosso turismo, destacando a Falcoaria do Palácio
Real, criando a marca “Concelho Turístico de Salvaterra de Magos”, como um
destino turístico com a articulação necessária junto dos órgãos regionais e
nacionais de turismo para que se potencie um conjunto de estratégias e
iniciativas junto ao mercado distribuidor nacional e internacional, reforçando
desta forma o papel do concelho de Salvaterra de Magos no mapa dos destinos
turísticos, apostando no turismo de longa duração.
Dar enfoque na aposta
no Tejo como vertente estruturante para actividades de turismo e lazer – à
requalificação das margens, zonas ribeirinhas e Barragem de Magos –
equipamentos de apoio e lazer.
Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, a democracia é fundamental estar assegurada no nosso concelho, foi
assim nos anos de gestão do Bloco de Esquerda, o
aumento da governabilidade local e da capacidade de participação activa e
informada da população através do orçamento
participativo, é sem margem de
dúvidas, um eixo estruturante de um governo de esquerda.
Quanto às
principais infra-estruturas das nossas freguesias, consideramos prioritário a
intervenção nos seguintes projectos, assim fossemos maioria neste executivo:
Requalificação
das estradas pavimentadas ao abrigo do programa AGRIS.
Na União de Freguesias de Salvaterra de Magos - Foros de
Salvaterra
Aquisição
de terreno na rua Imaculado Coração de Maria, junto ao novo Centro Saúde de
Foros de Salvaterra para a construção de parqueamento para os seus utentes.
Repavimentação da rua Imaculado Coração de Maria, Rua
do Pinhal, Rua Afonso Henriques, Rua das Cancelas e Rua do Agricultor. Asfaltamento da rua Padre Diogo e Rua Alfarelos num eixo
fundamental de ligação de Foros de Salvaterra e Salvaterra de Magos. Construção
do tanto prometido e agora ignorado Pavilhão Desportivo nos Foros de
Salvaterra. Centro Escolar nos Foros de Salvaterra. Concretização do sintético
do campo 11 nos Foros de Salvaterra. Asfaltamento da travessa Almirante Reis.
Asfaltamento da rua Campo de Futebol e Rua 1º Maio. Asfaltamento rua da
Liberdade. Rectificação de sinalização e bandas nos Foros de Salvaterra e
Rectificação de sinalização em Salvaterra de Magos. Asfaltamento da Av. José
Luís Brito Seabra em Salvaterra de Magos. Requalificação da zona desportiva de
Salvaterra de Magos. Requalificação dos jardins da Praça da República. Criação
do museu arte sacra na capela real. Requalificação do antigo mercado municipal
de Salvaterra de Magos.
Na União de Freguesias de Glória do Ribatejo - Granho
No
Granho, construção de saneamento básico até à cota na rua 25 de Abril e
respectivo asfaltamento. Construção do armazém no estaleiro. Criação do Núcleo
Museológico e Etnográfico do Granho no 1º andar da Associação Humanitária.
Na Glória
do Ribatejo, dinamizar um debate público sobre a utilização e fins para
definição do projecto do espaço Jackson e escola do Cocharro. Repavimentação da
Rua Sesmarias e asfaltamento e arranjos urbanísticos. Pavimentação da Rua da
Pereira e Rua Fungal com o respectivo saneamento, bem como no bairro da Briosa.
Elaborar um projecto e intervir no Ribeiro da Glória que atravessa a zona
urbana da Glória do Ribatejo. Conclusão dos arranjos urbanísticos na rua do
Cocharro até ao cemitério, projecto para arranjos urbanísticos na rua Capitão
Salgueiro Maia. Melhoramento dos acessos à Glória do Ribatejo com intervenção
no piso da estrada municipal 581 e alargamento da via e interceder junto da
entidade competente para intervir no piso da EN 367.
Na Freguesia de Muge
Reabilitação
e manutenção da Ponte Dona Amélia. Repavimentação da estrada da Ponte Dona
Amélia. Colocação de lombas elevadas na rua da Glória e Av. D. Diniz. Na rua
João V construção de estacionamento e embelezamento. Realização de um projecto
estruturante para o Parque das Merendas. Criação de passeios pedonais entre a
EN 118 e Av. A na zona industrial. Intervenção no piso nas diversas estradas da
freguesia e garantir a limpeza da vila.
Na Freguesia de Marinhais
Asfaltamento da Rua
da Cerâmica, Rua Vale Cilhão, Rua dos Leiteiros, Rua da Serra, Rua Combatentes
do Ultramar e continuação da pavimentação da estrada do Escaroupim até ao
Parque de Campismo. Arranjos urbanísticos na EN 367 nos troços em falta. Apoiar
a construção da casa mortuária da freguesia. Reabilitação dos espaços verdes e
criação de novos. Repavimentação da rua do mercado e rua João Pinto Figueiredo.
Temos
ideias, propostas e muita vontade de enfrentar as dificuldades do município,
com toda a nossa energia. Não tememos apresentá-las e colocá-las ao escrutínio
público.
Estamos
perante um debate no qual a maioria não estará disponível para acolher
contributos da oposição, foi assim no passado, será assim no futuro, porque
este é o código genético desta maioria socialista. Mesmo sabendo que estão em
minoria na governação do município
Terminamos
apelando à maioria que reduza nas festas e romarias, que recorra aos fundos do
QREN de uma forma estratégica e reduza em despesas desnecessárias, e assim
encontrará financiamento para os projectos prioritários para o nosso concelho.
Esta
proposta de orçamento municipal apresentada pelo Partido Socialista não é uma
boa proposta. Falta-lhe visão estratégica, capacidade de inovação e adaptação à
realidade em mutação. Preocupa-nos, em particular, o virar de costas em relação
aos mais carenciados, sobretudo aos idosos, e em relação aos mais jovens que
enfrentam enormes dificuldades para que as famílias garantam a sua formação e
para enfrentarem um mercado de trabalho estrangulado. Preocupa-nos a ausência
de propostas para a dinamização económica e a criação de postos de trabalho no
Concelho. Preocupa-nos a inexistência de futuro.
Nestes
primeiros anos de mandato do Partido Socialista demos um sinal claro. Não somos
pela política de “terra queimada” que praticaram ao longo dos exercícios governativos
do Bloco de Esquerda, de forma irresponsável e absolutamente sectária. Queremos
que este Executivo, com a nossa participação, conclua e leve a cabo algumas dos
projectos da anterior presidência, porque são importantes para a população e
para o Município. Foi assim nas mais de cinquenta proposta apresentadas, muitas
delas aprovadas em reunião de câmara e nunca postas em prática.
Deixamos
claro que consideramos que o Município tem condições orçamentais para a
concretização de muitos destes objectivos. Se não o fizer, só poderá ser por
incompetência ou desnorte. Nesse sentido, porque somos responsáveis
politicamente, porque sabemos estar na oposição, iremos depender o nosso voto
favoravelmente neste orçamento para 2016 em função da aceitação de propostas
nas áreas da acção social e juventude, mantendo sempre uma elevada exigência e o
máximo rigor no escrutínio da aplicação dos recursos municipais.
Vereadores
eleitos do Bloco de Esquerda
Luís
Gomes
Salvaterra
de Magos, 30 de Outubro de 2015
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